Três Metas para Guiá-las
Presidente Thomas S. Monson
Presidente Thomas S. Monson
Quando ainda era... Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência
Sua influência estende-se para muito além de vocês mesmas e de seu lar, e toca outras pessoas de toda a Terra.
Esta noite nossa alma elevou-se rumo ao céu. Fomos abençoados com lindas músicas e mensagens inspiradas. O Espírito do Senhor está aqui.
Irmãs Julie Beck, Silvia Allred e Barbara Thompson—graças aos céus por sua mãe e seu pai, por seus professores, por seus líderes de jovens e outros que reconheceram o potencial que havia em vocês.
Parafraseando um pensamento:
Nunca se sabe o quanto vale uma menina, É preciso esperar para ver; Mas cada mulher com um nobre encargo, Teve de, um dia, uma menina ser.
É um grande privilégio para mim estar com vocês. Sei que além de vocês aqui reunidas no Centro de Conferências, existem milhares de outras assistindo e escutando a transmissão via satélite.
Ao dirigir-me a vocês, percebo que, como homem, estou em minoria e preciso ser cuidadoso em meus comentários. Isso me lembra o homem que entrou em uma livraria e pediu a ajuda de uma balconista—uma mulher. “Vocês têm um livro intitulado Homem, o Senhor das Mulheres?” A balconista encarou-o e respondeu com sarcasmo: “Tente a seção de ficção!”
Asseguro-lhes, nesta noite, que respeito vocês, mulheres da Igreja, e estou plenamente ciente, citando William R. Wallace, de que “a mão que balança o berço é a mão que governa o mundo”.
Em 1901, o Presidente Lorenzo Snow disse: “As integrantes da Sociedade de Socorro (...) prestam ajuda ao aflito, abraçam o órfão e a viúva e se conservam limpas das manchas do mundo. Testifico que não há nenhuma mulher mais pura nem temente a Deus no mundo do que as que são encontradas nas fileiras da Sociedade de Socorro”.
Assim como nos tempos do Presidente Snow, existem aqui e agora, visitas a serem feitas, homenagens a serem partilhadas e almas famintas a serem alimentadas. Ao considerar a Sociedade de Socorro de hoje, sentindo-me humilde pelo privilégio de falar a vocês, volto-me a nosso Pai Celestial para receber Sua orientação divina.
Nesse espírito, senti que devo dar a cada membro da Sociedade de Socorro de todo o mundo, três metas a serem cumpridas:
1. Estudem com afinco.
2. Orem com convicção.
3. Sirvam de boa vontade.
Consideremos cada uma dessas metas. Primeira, estudem com afinco. O Salvador do mundo instruiu: “Nos melhores livros buscai palavras de sabedoria; procurai conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé”. Ele acrescentou: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”.
O estudo das escrituras ajudará nosso testemunho e o testemunho dos membros de nossa família. Nossos filhos hoje estão crescendo rodeados de vozes que os incitam a abandonar o que é correto e a buscar, em seu lugar, os prazeres do mundo. A menos que tenham um alicerce firme no evangelho de Jesus Cristo, um testemunho da verdade e a determinação de viver em retidão, eles ficarão suscetíveis a essas influências. É nossa responsabilidade fortalecê-los e protegê-los.
Em um grau assustador, nossos filhos hoje em dia estão sendo educados pela mídia, incluindo a Internet. Nos Estados Unidos, relata-se que a maioria das crianças assiste a aproximadamente quatro horas de televisão diariamente, sendo que grande parte da programação está repleta de violência, de uso de álcool e drogas e de temas sexuais. O tempo gasto em assistir a filmes e em jogar vídeo games soma-se àquelas quatro horas.
As estatísticas se assemelham em outros países desenvolvidos. As mensagens exibidas na televisão, em filmes e em outros meios estão, com freqüência, em oposição direta ao que queremos que nossos filhos sigam e adotem. É nossa responsabilidade não apenas ensiná-los a ser íntegros em espírito e doutrina, mas também a assim permanecer, a despeito das forças externas que venham a encontrar. Isso exigirá muito tempo e esforço de nossa parte — e para ajudarmos outras pessoas, nós mesmos precisamos da coragem espiritual e moral para resistir ao mal que vemos em toda parte.
Vivemos na época citada em 2 Néfi, capítulo 9:
“Oh! A vaidade e a fraqueza e a insensatez dos homens! Quando são instruídos pensam que são sábios e não dão ouvidos aos conselhos de Deus, pondo-os de lado, supondo que sabem por si mesmos; portanto sua sabedoria é insensatez e não lhes traz proveito. E eles perecerão. Mas é bom ser instruído, quando se dá ouvidos aos conselhos de Deus”.
É necessário coragem para apegar-se firmemente aos nossos padrões a despeito do escárnio do mundo. O Presidente J. Reuben Clark Jr., membro da Primeira Presidência durante muitos anos, disse: “Já houve casos de homens supostamente de fé (...) acharem que, se declarassem claramente suas crenças poderiam ser alvo da zombaria dos colegas descrentes e suas únicas opções seriam modificar suas crenças ou fazer pouco caso delas para justificarem-se, ou diluí-las de modo destrutivo, ou até fingir repudiá-las. Pessoas assim são hipócritas”.
Isso lembra os versículos muito vigorosos encontrados em II Timóteo no Novo Testamento, capítulo 1, versículos 7 e 8:
“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor.”
Além de nosso estudo de temas espirituais, o aprendizado secular também é essencial. Com freqüência o futuro é desconhecido; portanto, cabe a nós, prepararmo-nos para as incertezas. As estatísticas revelam que em algum momento, devido à doença ou morte do marido ou à necessidade econômica, talvez vocês se encontrem no papel de provedoras. Algumas de vocês já desempenham esse papel. Exorto-as a estudarem —se ainda não estiverem estudando ou se ainda não terminaram os estudos — para que estejam preparadas a para sustentar a família, caso as circunstâncias o exijam.
Seus talentos se ampliarão à medida que estudarem e aprenderem. Vocês poderão ser mais úteis para sua família se estudarem e poderão ter paz de espírito sabendo que estão preparadas para as eventualidades da vida.
Repito: Estudem com afinco.
A segunda meta que quero mencionar é: Orem com convicção. O Senhor ordenou: “Ora sempre e derramarei meu Espírito sobre ti e grande será tua bênção”.
Talvez nunca tenha havido uma época em que tivéssemos maior necessidade de orar e de ensinar os membros da família a orar. A oração é a defesa contra a tentação. É por meio da oração sincera que podemos receber as bênçãos e o apoio necessários para que sigamos nosso caminho nesta jornada às vezes difícil e desafiadora a que chamamos de mortalidade.
Podemos ensinar a importância da oração a nossos filhos e netos tanto pela palavra como pelo exemplo. Partilho com vocês uma lição sobre o ensino pelo exemplo, relacionada à oração, conforme descrita na carta que recebi de certa mãe: “Caro Presidente Monson: Às vezes imagino se faço alguma diferença na vida de meus filhos. Como os crio sozinha e tenho dois empregos para sobreviver, às vezes, quando chego em casa encontro tudo em desordem, mas nunca perco a esperança”.
A carta prossegue descrevendo a ocasião em que ela e os filhos assistiam à conferência geral em que falei sobre a oração. O filho comentou: “Mãe, a senhora já nos ensinou isso”. Ela perguntou: “O que quer dizer com isso?” O filho replicou: “Bem, a senhora nos ensinou e nos mostrou como orar, mas na outra noite fui ao seu quarto para perguntar alguma coisa e vi a senhora ajoelhada orando ao Pai Celestial. Se Ele é importante para a senhora, Ele será importante para mim”. O final da carta dizia: “Acho que nunca se sabe que influência teremos, até que uma criança influência teremos, veja fazendo o que tentamos ensinar-lhe”.
Há alguns anos, pouco antes de sair de Salt Lake City para participar das reuniões anuais dos Escoteiros da América, em Atlanta, na Geórgia, resolvi levar comigo exemplares da revista New Era para distribuir essa excelente publicação aos líderes dos Escoteiros. Ao chegar ao hotel em Atlanta, abri o pacote com as revistas. Descobri que a minha secretária, sem nenhuma razão específica, colocara no pacote dois exemplares extras da edição de junho, que tinha como destaque o casamento no templo. Deixei os dois exemplares no quarto do hotel e, conforme planejara, distribuí os demais.
No último dia de reuniões, não tive vontade de ir ao almoço marcado, em vez disso senti-me compelido a voltar para o quarto. O telefone estava tocando quando entrei. A pessoa que me ligou era um membro da Igreja que ouvira que eu estava em Atlanta. Apresentou-se e perguntou-me se eu poderia dar uma bênção em sua filha de dez anos de idade. Concordei prontamente e essa irmã disse que ela, o marido, a filha e o filho iriam imediatamente ao meu apartamento no hotel. Enquanto aguardava, orei pedindo ajuda. Os aplausos da convenção foram substituídos pela sensação de paz que acompanhou a oração.
Então ouvi baterem à porta e tive o privilégio de conhecer uma família excelente. A filha de dez anos caminhava com o auxílio de muletas. O câncer exigira a amputação de sua perna esquerda—contudo, seu semblante estava radiante, sua confiança em Deus, inabalável. Foi dada a bênção. Mãe e filho ajoelharam-se ao lado da cama enquanto o pai e eu colocamos as mãos sobre a cabeça da garotinha. Fomos guiados pelo Espírito de Deus. Sentimo-nos humildes diante de Seu poder.
Senti as lágrimas correrem pelo meu rosto e caírem em minhas mãos colocadas sobre a cabeça daquela linda filha de Deus. Falei sobre as ordenanças eternas e a exaltação da família. O Senhor inspirou-me a exortar a família a entrar no sagrado templo de Deus. Ao final da bênção soube que tal visita ao templo fora planejada. Fizeram-me perguntas relativas ao templo. Eu não ouvi nenhuma voz celestial nem tive uma visão. Ainda assim vieram-me de forma clara à mente, as palavras: “Mencione a revista New Era”. Olhei para a cômoda e lá estavam os dois exemplares extras da edição da New Era sobre o templo. Entreguei um exemplar para a filha e o outro para os pais. Nós as examinamos juntos.
A família despediu-se, e novamente o quarto ficou silencioso. Uma oração de agradecimento subiu-me com naturalidade ao coração e, mais uma vez, determinei-me a sempre dar lugar à oração em minha vida.
Minhas queridas irmãs, não orem por tarefasque não excedam sua capacidade, mas orem por capacidade para cumprir suas tarefas. Então a realização de suas tarefas não será um milagre, vocês serão o milagre.
Orem com convicção.
Finalmente, sirvam de boa vontade. Vocês são uma vigorosa força para o bem, uma das maiores de todo o mundo. Sua influência estende-se para muito além de vocês mesmas e de seu lar, e toca outras pessoas de toda a Terra. Vocês estenderam a mão a seus irmãos e irmãs ao longo das ruas, das cidades, das nações, dos continentes e dos oceanos. Vocês personificam o lema da Sociedade de Socorro: “A caridade nunca falha”.
Vocês estão naturalmente rodeadas de oportunidades de serviço. Sem dúvida, às vezes vocês vêem tantas oportunidades que se sentem meio oprimidas por elas. Por onde começo? Como vou fazer tudo isso? Como escolher, dentre todas as necessidades que encontro, onde e como servir?
Com freqüência, pequenos atos de serviço são tudo o que é preciso para erguer e abençoar outra pessoa: uma pergunta sobre alguém da família, algumas palavras de incentivo, um cumprimento sincero, uma pequena nota de agradecimento, um telefonema rápido. Se formos observadores e ficarmos atentos, e se agirmos de acordo com a inspiração recebida, podemos realizar muitas coisas boas. Algumas vezes, claro, precisamos fazer mais.
Soube recentemente do serviço amoroso prestado a uma mãe quando os filhos eram muito pequenos. Com freqüência ela se levantava no meio da noite para cuidar de seus pequeninos, como as mães costumam fazer. sua amiga e vizinha do outro lado da rua vinha à casa dela no dia seguinte e dizia: “Vi as luzes acesas durante a noite e sei que você estava cuidando das crianças. Vou levá-las lá para a minha casa por umas duas horas enquanto você tira um cochilo”. Essa mãe conta: “Eu ficava tão agradecida por sua oferta, que demorou muito para que eu percebesse que, se ela vira a minha luz acesa durante a noite é porque estava cuidando de um dos filhos também e que precisava tanto quanto eu de um cochilo. Ela ensinou-me uma grande lição e desde aquela época tento ser tão observadora quanto ela em buscar oportunidades para servir outros”.
Incontáveis são os atos de serviço oferecidos pelo grande exército das professoras visitantes da Sociedade de Socorro. Alguns anos atrás ouvi falar de duas delas que ajudaram uma viúva angustiada chamada Angela, neta de um primo meu. O marido de Angela e um amigo dele foram andar de trenó motorizado e morreram asfixiados sob uma avalanche de neve. Cada um deles deixou a esposa grávida — no caso de Angela, do primeiro filho e da outra, não apenas grávida, mas também com uma criança com menos de três anos. No funeral do marido de Angela, o bispo contou que ao saber do trágico acidente, ele foi imediatamente à casa dela. Logo depois de chegar, a campainha tocou. Abriram a porta e lá estavam as duas professoras visitantes de Angela. O bispo disse que observou enquanto elas expressavam sinceramente seu amor e compaixão a Angela. As três mulheres choraram juntas e ficou claro que essas duas excelentes professoras visitantes se importavam muito com a Angela. Como, talvez, só as mulheres consigam, elas mostraram gentilmente —sem que lhes fosse pedido — exatamente que ajuda poderiam dar. Que elas ficariam ao lado de Angela durante todo o tempo que ela precisasse, era óbvio. O bispo expressou profunda gratidão por saber que seriam uma fonte real de consolo para ela nos dias que se seguiriam.
Tais atos de amor e compaixão são repetidos continuamente pelas maravilhosas professoras visitantes desta Igreja—não apenas em situações tão dramáticas como essa, mas, ainda assim, no mesmo tom genuíno.
Louvo aquelas que, com cuidado amoroso e preocupação compassiva alimentam o faminto, vestem o nu e alojam o que não tem um lar. Aquele que percebe a queda do pardal não deixará tal serviço passar despercebido. O desejo de erguer, a boa vontadeem ajudar e a bondade para doar vêm de um coração repleto de amor. Sirvam de boa vontade.
Nosso amado profeta, o Presidente Gordon B. Hinckley, falou o seguinte sobre vocês: “Deus plantou nas mulheres algo divino que se expressa com uma força serena, com elegância, paz, bondade, virtude, verdade e amor”.
Minhas queridas irmãs, que nosso Pai Celestial abençoe cada uma de vocês, casadas ou solteiras, em seu lar, em sua família, em sua própria vida — que vocês mereçam a gloriosa saudação do Salvador do Mundo: “Bem está, servo bom e fiel”, oro, ao abençoá-las e também à estimada esposa de James E. Faust, sua amada Ruth, que está aqui na primeira fileira, e a sua família, em nome de Jesus Cristo. Amém.
Sua influência estende-se para muito além de vocês mesmas e de seu lar, e toca outras pessoas de toda a Terra.
Esta noite nossa alma elevou-se rumo ao céu. Fomos abençoados com lindas músicas e mensagens inspiradas. O Espírito do Senhor está aqui.
Irmãs Julie Beck, Silvia Allred e Barbara Thompson—graças aos céus por sua mãe e seu pai, por seus professores, por seus líderes de jovens e outros que reconheceram o potencial que havia em vocês.
Parafraseando um pensamento:
Nunca se sabe o quanto vale uma menina, É preciso esperar para ver; Mas cada mulher com um nobre encargo, Teve de, um dia, uma menina ser.
É um grande privilégio para mim estar com vocês. Sei que além de vocês aqui reunidas no Centro de Conferências, existem milhares de outras assistindo e escutando a transmissão via satélite.
Ao dirigir-me a vocês, percebo que, como homem, estou em minoria e preciso ser cuidadoso em meus comentários. Isso me lembra o homem que entrou em uma livraria e pediu a ajuda de uma balconista—uma mulher. “Vocês têm um livro intitulado Homem, o Senhor das Mulheres?” A balconista encarou-o e respondeu com sarcasmo: “Tente a seção de ficção!”
Asseguro-lhes, nesta noite, que respeito vocês, mulheres da Igreja, e estou plenamente ciente, citando William R. Wallace, de que “a mão que balança o berço é a mão que governa o mundo”.
Em 1901, o Presidente Lorenzo Snow disse: “As integrantes da Sociedade de Socorro (...) prestam ajuda ao aflito, abraçam o órfão e a viúva e se conservam limpas das manchas do mundo. Testifico que não há nenhuma mulher mais pura nem temente a Deus no mundo do que as que são encontradas nas fileiras da Sociedade de Socorro”.
Assim como nos tempos do Presidente Snow, existem aqui e agora, visitas a serem feitas, homenagens a serem partilhadas e almas famintas a serem alimentadas. Ao considerar a Sociedade de Socorro de hoje, sentindo-me humilde pelo privilégio de falar a vocês, volto-me a nosso Pai Celestial para receber Sua orientação divina.
Nesse espírito, senti que devo dar a cada membro da Sociedade de Socorro de todo o mundo, três metas a serem cumpridas:
1. Estudem com afinco.
2. Orem com convicção.
3. Sirvam de boa vontade.
Consideremos cada uma dessas metas. Primeira, estudem com afinco. O Salvador do mundo instruiu: “Nos melhores livros buscai palavras de sabedoria; procurai conhecimento, sim, pelo estudo e também pela fé”. Ele acrescentou: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”.
O estudo das escrituras ajudará nosso testemunho e o testemunho dos membros de nossa família. Nossos filhos hoje estão crescendo rodeados de vozes que os incitam a abandonar o que é correto e a buscar, em seu lugar, os prazeres do mundo. A menos que tenham um alicerce firme no evangelho de Jesus Cristo, um testemunho da verdade e a determinação de viver em retidão, eles ficarão suscetíveis a essas influências. É nossa responsabilidade fortalecê-los e protegê-los.
Em um grau assustador, nossos filhos hoje em dia estão sendo educados pela mídia, incluindo a Internet. Nos Estados Unidos, relata-se que a maioria das crianças assiste a aproximadamente quatro horas de televisão diariamente, sendo que grande parte da programação está repleta de violência, de uso de álcool e drogas e de temas sexuais. O tempo gasto em assistir a filmes e em jogar vídeo games soma-se àquelas quatro horas.
As estatísticas se assemelham em outros países desenvolvidos. As mensagens exibidas na televisão, em filmes e em outros meios estão, com freqüência, em oposição direta ao que queremos que nossos filhos sigam e adotem. É nossa responsabilidade não apenas ensiná-los a ser íntegros em espírito e doutrina, mas também a assim permanecer, a despeito das forças externas que venham a encontrar. Isso exigirá muito tempo e esforço de nossa parte — e para ajudarmos outras pessoas, nós mesmos precisamos da coragem espiritual e moral para resistir ao mal que vemos em toda parte.
Vivemos na época citada em 2 Néfi, capítulo 9:
“Oh! A vaidade e a fraqueza e a insensatez dos homens! Quando são instruídos pensam que são sábios e não dão ouvidos aos conselhos de Deus, pondo-os de lado, supondo que sabem por si mesmos; portanto sua sabedoria é insensatez e não lhes traz proveito. E eles perecerão. Mas é bom ser instruído, quando se dá ouvidos aos conselhos de Deus”.
É necessário coragem para apegar-se firmemente aos nossos padrões a despeito do escárnio do mundo. O Presidente J. Reuben Clark Jr., membro da Primeira Presidência durante muitos anos, disse: “Já houve casos de homens supostamente de fé (...) acharem que, se declarassem claramente suas crenças poderiam ser alvo da zombaria dos colegas descrentes e suas únicas opções seriam modificar suas crenças ou fazer pouco caso delas para justificarem-se, ou diluí-las de modo destrutivo, ou até fingir repudiá-las. Pessoas assim são hipócritas”.
Isso lembra os versículos muito vigorosos encontrados em II Timóteo no Novo Testamento, capítulo 1, versículos 7 e 8:
“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor.”
Além de nosso estudo de temas espirituais, o aprendizado secular também é essencial. Com freqüência o futuro é desconhecido; portanto, cabe a nós, prepararmo-nos para as incertezas. As estatísticas revelam que em algum momento, devido à doença ou morte do marido ou à necessidade econômica, talvez vocês se encontrem no papel de provedoras. Algumas de vocês já desempenham esse papel. Exorto-as a estudarem —se ainda não estiverem estudando ou se ainda não terminaram os estudos — para que estejam preparadas a para sustentar a família, caso as circunstâncias o exijam.
Seus talentos se ampliarão à medida que estudarem e aprenderem. Vocês poderão ser mais úteis para sua família se estudarem e poderão ter paz de espírito sabendo que estão preparadas para as eventualidades da vida.
Repito: Estudem com afinco.
A segunda meta que quero mencionar é: Orem com convicção. O Senhor ordenou: “Ora sempre e derramarei meu Espírito sobre ti e grande será tua bênção”.
Talvez nunca tenha havido uma época em que tivéssemos maior necessidade de orar e de ensinar os membros da família a orar. A oração é a defesa contra a tentação. É por meio da oração sincera que podemos receber as bênçãos e o apoio necessários para que sigamos nosso caminho nesta jornada às vezes difícil e desafiadora a que chamamos de mortalidade.
Podemos ensinar a importância da oração a nossos filhos e netos tanto pela palavra como pelo exemplo. Partilho com vocês uma lição sobre o ensino pelo exemplo, relacionada à oração, conforme descrita na carta que recebi de certa mãe: “Caro Presidente Monson: Às vezes imagino se faço alguma diferença na vida de meus filhos. Como os crio sozinha e tenho dois empregos para sobreviver, às vezes, quando chego em casa encontro tudo em desordem, mas nunca perco a esperança”.
A carta prossegue descrevendo a ocasião em que ela e os filhos assistiam à conferência geral em que falei sobre a oração. O filho comentou: “Mãe, a senhora já nos ensinou isso”. Ela perguntou: “O que quer dizer com isso?” O filho replicou: “Bem, a senhora nos ensinou e nos mostrou como orar, mas na outra noite fui ao seu quarto para perguntar alguma coisa e vi a senhora ajoelhada orando ao Pai Celestial. Se Ele é importante para a senhora, Ele será importante para mim”. O final da carta dizia: “Acho que nunca se sabe que influência teremos, até que uma criança influência teremos, veja fazendo o que tentamos ensinar-lhe”.
Há alguns anos, pouco antes de sair de Salt Lake City para participar das reuniões anuais dos Escoteiros da América, em Atlanta, na Geórgia, resolvi levar comigo exemplares da revista New Era para distribuir essa excelente publicação aos líderes dos Escoteiros. Ao chegar ao hotel em Atlanta, abri o pacote com as revistas. Descobri que a minha secretária, sem nenhuma razão específica, colocara no pacote dois exemplares extras da edição de junho, que tinha como destaque o casamento no templo. Deixei os dois exemplares no quarto do hotel e, conforme planejara, distribuí os demais.
No último dia de reuniões, não tive vontade de ir ao almoço marcado, em vez disso senti-me compelido a voltar para o quarto. O telefone estava tocando quando entrei. A pessoa que me ligou era um membro da Igreja que ouvira que eu estava em Atlanta. Apresentou-se e perguntou-me se eu poderia dar uma bênção em sua filha de dez anos de idade. Concordei prontamente e essa irmã disse que ela, o marido, a filha e o filho iriam imediatamente ao meu apartamento no hotel. Enquanto aguardava, orei pedindo ajuda. Os aplausos da convenção foram substituídos pela sensação de paz que acompanhou a oração.
Então ouvi baterem à porta e tive o privilégio de conhecer uma família excelente. A filha de dez anos caminhava com o auxílio de muletas. O câncer exigira a amputação de sua perna esquerda—contudo, seu semblante estava radiante, sua confiança em Deus, inabalável. Foi dada a bênção. Mãe e filho ajoelharam-se ao lado da cama enquanto o pai e eu colocamos as mãos sobre a cabeça da garotinha. Fomos guiados pelo Espírito de Deus. Sentimo-nos humildes diante de Seu poder.
Senti as lágrimas correrem pelo meu rosto e caírem em minhas mãos colocadas sobre a cabeça daquela linda filha de Deus. Falei sobre as ordenanças eternas e a exaltação da família. O Senhor inspirou-me a exortar a família a entrar no sagrado templo de Deus. Ao final da bênção soube que tal visita ao templo fora planejada. Fizeram-me perguntas relativas ao templo. Eu não ouvi nenhuma voz celestial nem tive uma visão. Ainda assim vieram-me de forma clara à mente, as palavras: “Mencione a revista New Era”. Olhei para a cômoda e lá estavam os dois exemplares extras da edição da New Era sobre o templo. Entreguei um exemplar para a filha e o outro para os pais. Nós as examinamos juntos.
A família despediu-se, e novamente o quarto ficou silencioso. Uma oração de agradecimento subiu-me com naturalidade ao coração e, mais uma vez, determinei-me a sempre dar lugar à oração em minha vida.
Minhas queridas irmãs, não orem por tarefasque não excedam sua capacidade, mas orem por capacidade para cumprir suas tarefas. Então a realização de suas tarefas não será um milagre, vocês serão o milagre.
Orem com convicção.
Finalmente, sirvam de boa vontade. Vocês são uma vigorosa força para o bem, uma das maiores de todo o mundo. Sua influência estende-se para muito além de vocês mesmas e de seu lar, e toca outras pessoas de toda a Terra. Vocês estenderam a mão a seus irmãos e irmãs ao longo das ruas, das cidades, das nações, dos continentes e dos oceanos. Vocês personificam o lema da Sociedade de Socorro: “A caridade nunca falha”.
Vocês estão naturalmente rodeadas de oportunidades de serviço. Sem dúvida, às vezes vocês vêem tantas oportunidades que se sentem meio oprimidas por elas. Por onde começo? Como vou fazer tudo isso? Como escolher, dentre todas as necessidades que encontro, onde e como servir?
Com freqüência, pequenos atos de serviço são tudo o que é preciso para erguer e abençoar outra pessoa: uma pergunta sobre alguém da família, algumas palavras de incentivo, um cumprimento sincero, uma pequena nota de agradecimento, um telefonema rápido. Se formos observadores e ficarmos atentos, e se agirmos de acordo com a inspiração recebida, podemos realizar muitas coisas boas. Algumas vezes, claro, precisamos fazer mais.
Soube recentemente do serviço amoroso prestado a uma mãe quando os filhos eram muito pequenos. Com freqüência ela se levantava no meio da noite para cuidar de seus pequeninos, como as mães costumam fazer. sua amiga e vizinha do outro lado da rua vinha à casa dela no dia seguinte e dizia: “Vi as luzes acesas durante a noite e sei que você estava cuidando das crianças. Vou levá-las lá para a minha casa por umas duas horas enquanto você tira um cochilo”. Essa mãe conta: “Eu ficava tão agradecida por sua oferta, que demorou muito para que eu percebesse que, se ela vira a minha luz acesa durante a noite é porque estava cuidando de um dos filhos também e que precisava tanto quanto eu de um cochilo. Ela ensinou-me uma grande lição e desde aquela época tento ser tão observadora quanto ela em buscar oportunidades para servir outros”.
Incontáveis são os atos de serviço oferecidos pelo grande exército das professoras visitantes da Sociedade de Socorro. Alguns anos atrás ouvi falar de duas delas que ajudaram uma viúva angustiada chamada Angela, neta de um primo meu. O marido de Angela e um amigo dele foram andar de trenó motorizado e morreram asfixiados sob uma avalanche de neve. Cada um deles deixou a esposa grávida — no caso de Angela, do primeiro filho e da outra, não apenas grávida, mas também com uma criança com menos de três anos. No funeral do marido de Angela, o bispo contou que ao saber do trágico acidente, ele foi imediatamente à casa dela. Logo depois de chegar, a campainha tocou. Abriram a porta e lá estavam as duas professoras visitantes de Angela. O bispo disse que observou enquanto elas expressavam sinceramente seu amor e compaixão a Angela. As três mulheres choraram juntas e ficou claro que essas duas excelentes professoras visitantes se importavam muito com a Angela. Como, talvez, só as mulheres consigam, elas mostraram gentilmente —sem que lhes fosse pedido — exatamente que ajuda poderiam dar. Que elas ficariam ao lado de Angela durante todo o tempo que ela precisasse, era óbvio. O bispo expressou profunda gratidão por saber que seriam uma fonte real de consolo para ela nos dias que se seguiriam.
Tais atos de amor e compaixão são repetidos continuamente pelas maravilhosas professoras visitantes desta Igreja—não apenas em situações tão dramáticas como essa, mas, ainda assim, no mesmo tom genuíno.
Louvo aquelas que, com cuidado amoroso e preocupação compassiva alimentam o faminto, vestem o nu e alojam o que não tem um lar. Aquele que percebe a queda do pardal não deixará tal serviço passar despercebido. O desejo de erguer, a boa vontadeem ajudar e a bondade para doar vêm de um coração repleto de amor. Sirvam de boa vontade.
Nosso amado profeta, o Presidente Gordon B. Hinckley, falou o seguinte sobre vocês: “Deus plantou nas mulheres algo divino que se expressa com uma força serena, com elegância, paz, bondade, virtude, verdade e amor”.
Minhas queridas irmãs, que nosso Pai Celestial abençoe cada uma de vocês, casadas ou solteiras, em seu lar, em sua família, em sua própria vida — que vocês mereçam a gloriosa saudação do Salvador do Mundo: “Bem está, servo bom e fiel”, oro, ao abençoá-las e também à estimada esposa de James E. Faust, sua amada Ruth, que está aqui na primeira fileira, e a sua família, em nome de Jesus Cristo. Amém.
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